Lojistas de seis estados visitaram artesãos do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas em roteiro criado para valorizar produção local
Fotos: Divulgação
Após sete dias na estrada percorrendo municÃpios do Vale do Jequitinhonha e Norte de Minas, chegou ao fim, no último domingo (27), em Pirapora, a Trip To Origin de artesanato. A inciativa foi uma parceria entre o Sebrae Minas, o Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene).
A Trip foi uma ação dentro do Brasil Original - projeto do Sebrae que promove a aproximação entre grandes consumidores e os artesãos da região – e contou com a participação de 16 pessoas, sendo 13 lojistas dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Alagoas e Distrito Federal.
“O formato do projeto permite a interação entre compradores e artesãos. É uma experiência única e uma maneira de incentivarmos o reconhecimento do território como produtor do artesanato. Queremos valorizar a identidade e a cultura da região, além de gerar novos negócios para os artesãos”, ressalta a assistente do Sebrae Minas, Amanda Guimarães, que acompanhou a trip.
Pirapora, à s margens do Rio São Francisco e conhecida pela fabricação das tradicionais carrancas de madeira, foi a última cidade a receber os lojistas. “Orientamos os artesãos sobre a importância de conhecer o perfil dos lojistas, produzir peças suficientes para atender a demanda. Buscamos o apoio do poder público municipal, ADESP, agente de desenvolvimento e Feirarte. Agora vamos trabalhar o pós-vendas e o conceito de relacionamento, a fim de que os artesãos fidelizem esses novos clientes, além de continuarmos com o trabalho de design de identidade cultural e design de produção. A visita foi fundamental para encorajar os artesãos a continuarem produzindo”, ressalta a analista do Sebrae Minas, Kátia Leite.
Para o artesão Gelson Xavier dos Santos, a visita dos lojistas contribuiu para ampliar as oportunidades de negócios. “Além de ganharmos novos clientes, eles nos deram dicas e orientações sobre pintura e acabamento das peças. Assim, além de aprimorar nossos produtos, vamos conseguir atender à s exigências do mercado”, enfatiza. Gelson destaca ainda que os trabalhadores da Associação dos Artesãos de Pirapora venderam várias peças durante visita. “Vendi oito carrancas grandes de madeira e várias outras menores, além de ter recebido outras encomendas que já estou produzindo”, completa.
Itinerário
Os participantes da expedição conheceram a produção artesanal dos seguintes municÃpios:
• Diamantina e entorno: grupos de divinos em madeira (Datas), Sempre Vivas (Galheiros), Capim Dourado (Presidente Kubitscheck) e bambu (São Gonçalo do Rio das Pedras);
• Campo Buriti, Coqueiro Campo e Minas Novas: grupos de cerâmica de tradição;
• Chapada do Norte: associação de artesãos que produzem móveis e instrumentos musicais utilizando couro e madeira;
• Berilo: grupos de tecelagem e bordado;
• CaraÃ, Santa do Araçuaà e Taiobeiras: grupos de cerâmica de tradição;
• Grão Mogol e Botumirim: grupos de tecelagem;
• Capitão Enéas: esculturas em madeira;
• Pirapora: carrancas e benjamins de madeira.
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