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Coluna: Lanche "podrão" : A invenção carioca que conquistou o Brasil

08/05/2024

/ by UPira

Coluna Buteco do Max

por Max Rocha - @butecodomax - Fotos: João Paulo Sousa 

"Turbinado" pelo volume de ingredientes e misturas, o fast-food popular brasileiro é um "X-mata fome"

Max Rocha - @butecodomax

Fotos: Arquivo 

Sanduíche ou lanche popular tipicamente brasileiro, comercializado em trailers, quiosques, carrinhos, veículos, carrocinhas de vendedores ambulantes e barracas de rua. Lanche "raiz", turbinado pelo volume e a mistura de vários tipos de ingredientes. 

Além do convencional pão com salsicha (ou hambúrguer), ketchup, maionese, mostarda, queijo cheddar e diversos molhos, inclui carnes, bacon, frango, linguiça, queijos, ovos, azeitonas, ovo de codorna, batata palha, uvas passas, cenoura e baterraba picadas, ervilhas, milho etc.

O podrão é caracterizado por ser um sanduíche grande e fartamente recheado. A maioria dos ingredientes são industrializados, enlatados e altamente calóricos. O termo surgiu a partir da junção das palavras "podre" e "cachorrão" - usadas para se referir a alimentos de baixa qualidade, vendidos na rua.

A origem da gíria e a "larica"


Originalmente, "podrão" é um termo da gíria carioca. A partir de 1979 (no Bairro de Botafogo) seu hábito de consumo foi incorporado à cultura do Rio de Janeiro. Uma comida 'noturna', de preço convidativo, encontrada nas praças, esquinas e calçadas, nas proximidades de bares, casas noturnas, cinemas e estádios.  

Reza a "lenda" que os podrões alimentavam os jovens acometidos por súbita sensação de fome (larica), após consumirem bebidas alcoólicas e maconha. Nos anos 90 o "podrão" foi exportado para outras regiões do Brasil, ganhando várias versões e nomes, sempre "turbinado" com ingredientes locais. 

Matar a fome e encher a pança



Um internauta opinou sobre o significado do lanche:  -  Podrão é o X-Tudo não identificado, com ingredientes são de qualidade duvidosa: "Cheddar" laranja radioativo, "catupiry" de maizena, salsicha "marciana", carne de "sabe-se lá o que", molhos de "misturebas" etc. A proposta não é qualidade, mas matar a fome, encher a pança e sobreviver mais um dia. Alguns são bons, vá, mas não cultive esperanças. O podrão é o fast-food do povão, disse.




Max Rocha 

Jornalista, Assessor de comunicação multimídia, Educador (Ciências Humanas) e Gestor do projeto publicitário @butecodomax




*O conteúdo e imagens publicadas são de inteira responsabilidade de seu autor e não reflete a opinião do site.

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