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Prefeitura e EMUTUR notificam IPHAN e IEPHA sobre riscos com o Vapor Benjamim Guimarães

18/11/2021

/ by UPira

Pirapora exige providências imediatas para proteger embarcação histórica dos riscos com eventual cheia no Rio São Francisco

Por EMUTUR/Ascom

Fotos: Ivan Rodrigues

A Prefeitura de Pirapora e a Empresa Municipal de Turismo - EMUTUR estão notificando, extrajudicialmente, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico/IEPHA, em consequência da paralisação da obra de reforma e restauração do Vapor ‘Benjamim Guimarães’. O barco foi construído nos EUA em 1913 e desde 1985 tem status de patrimônio histórico tombado pelo IEPHA.

Para a Prefeitura não há dúvida quanto a responsabilidade dos institutos no zelo com o Vapor, até conclusão final e total das obras de restauro - fruto do convênio firmado em 3 de dezembro de 2019, com aporte previsto de R$ 3,7 milhões por parte do IPHAN e R$ 74 mil pelo IEPHA. Hoje, o Benjamim Guimarães está assentado em picadeiro montado à margem do Rio São Francisco, com a obra de reforma inacabada e seu casco aberto.

Considerando a localização do vapor e a situação do seu casco, é urgente a adoção de medidas, por parte do IPHAN e do IEPHA, para que o contrato seja cumprido, as obras sejam retomadas e, principalmente, seja fechado o casco do vapor. “Com o início do período de chuvas na região e o risco iminente de mais uma temporada de cheias no Rio São Francisco, o cenário atual é preocupante”, alerta a EMUTUR.


“Em razão do risco de danos irreparáveis ao Benjamim Guimarães, levando em conta a atual localização do vapor, é preciso que medidas urgentes partam do IPHAN e do IEPHA, para que o contrato seja cumprido, as obras sejam retomadas e, principalmente, seja providenciado o fechamento do casco”, explicou o Diretor-Presidente da Empresa Municipal de Turismo, Jornalista Elton Jackson Gomes da Motta.

Impasse financeiro e responsabilidade 

“O Vapor Benjamim Guimarães é um patrimônio histórico de valor incalculável e, caso haja uma cheia do Rio São Francisco, há sério risco de perda total do bem. Uma situação inconcebível, cuja responsabilidade recairá sobre o IPHAN e IEPHA. A Prefeitura também levará parte desta culpa, pois a população não compreenderá a real responsabilidade de ambos os institutos com o patrimônio e o projeto de recuperação do vapor”, alerta a notificação encaminhada pela EMUTUR e Prefeitura.

“O Prefeito Alex César tem mobilizado inúmeros esforços para que o impasse financeiro entre os institutos de patrimônios seja solucionado com a máxima brevidade, com visitas a Brasília, reuniões com diversas autoridades políticas e institucionais. Tudo para que as obras sejam reiniciadas o mais rápido possível, os funcionários da Indústria Naval Catarinense/INC (empresa responsável pelas obras de recuperação da embarcação) permaneçam com suas atividades ‘in loco’ e nosso grande temor não se concretize: possíveis danos ao Vapor Benjamin Guimarães”, acrescentou o dirigente da EMUTUR.

O município de Pirapora, proprietário da embarcação, e a EMUTUR (gestora da mesma) estão acionando o IPHAN e o IEPHA para que tomem providências urgentes, garantindo a preservação do vapor diante do risco de cheia no rio. Medidas judiciais também poderão ser adotadas. A Empresa de Turismo e a Prefeitura já levaram essa questão também à Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais, apontando a responsabilidade dos institutos.


Com 108 anos de existência, o Benjamim Guimarães é uma riqueza histórica, cultural e turística em âmbitos nacional e mundial, Trata-se da única embarcação no mundo ainda movida pelo sistema original de lenha, vapor, caldeira e roda-pôpa.

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