Expedicionários percorrerão 3 mil km da Serra da Canastra à foz do “Velho Chico” num grande intercâmbio cultural e gastronômico que incluiu Pirapora
Por Max Rocha
Entre os dias 10 ao 30/03 um grupo de expedicionários - composto por chefs de cozinha, produtores de queijos, guias overland, fotógrafo, video maker, piloto de balão e cachaçólogo - vai percorrer cerca de 3 mil km da nascente à foz do Rio São Francisco. O objetivo do projeto é uma imersão pela cultura e gastronomia de diferentes localidades banhadas pelo “Velho Chico”, em Minas Gerais e mais 4 estados nordestinos.
A expedição é realizada com veículos 4X4, que além de transportar o grupo leva uma cozinha e uma queijaria móvel onde o chef Flávio Trombino (Restaurante Xapuri) e o cozinheiro Cleber Júnior (adepto ao slowfood); os queijeiros da região da Serra da Canastra, Guilherme Ferreira (Capim Canastra) e Diego Martins; vão criar receitas e pratos exclusivos, buscando narrativas de cada cidade ou região que a equipe passar.
Além disso será criado um roteiro overland idealizado pelo especialista Silvio Vezalli (Canastra Overland). Todo acervo em fotos e vídeos registrado pelo fotógrafo Adriano Kirihara e o diretor de cinema Gilmar Júnior resultará em um documentário, juntamente com o livro gastronômico e sociocultural da expedição “Opará”, ‘rio-mar’, antiga denominação que os indígenas deram ao São Francisco.
Dourado assado no Vapor
A expedição ainda contou com um balão pilotado por Jonathan Padulla (Via Aérea Balonismo), sobrevoando a Serra da Canastra - nascente do ‘Velho Chico’. Em sua passagem por Pirapora e região, a expedição visitou o Mercado municipal e as ruínas históricas da Igreja de pedras ‘Senhor Bom Jesus de Matozinhos’ - às margens do Rio das Velhas, no Distrito de Barra do Guaicuí, município de Várzea da Palma.
De volta a Pirapora, os expedicionários foram recebidos pela equipe de cultura da Prefeitura/SEJUC e EMUTUR - Adélio Brasil, Elaine Mourão e Valdinéia Vargas no porto - junto ao canteiro de obras do Vapor Benjamim Guimarães (em reforma), no preparo de um almoço com sabores, ingredientes e inspiração tipicamente barranqueiros, com o toque especial do chef Flávio e do cozinheiro Cléber, ao bom gosto do Professor Dão Damásio.
Tudo preparado ao violão e voz do Artista Paulo Terra, no ritmo do trabalho artesanal de Bonifácia Pereira dos Santos (Boni), produzindo ‘in loco’ a genuína carranca de Pirapora. “No cardápio, o peixe (Dourado) assado na folha de bananeira, recheado com o mix de farofa de mandioca, manteiga de garrafa, castanha de baru e uvas; acompanhado de um ensopado de piranha, pirão e arroz branco ao alho”, explicou a elogiada cozinheira Valdinéia.
FOTOS: Adriano Kirihara, Adélio Brasil e João Francisco Damásio
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