Indústria confirma investimento de R$ 360 milhões e previsão de gerar 650 empregos diretos. Governador também aguarda reforma do Vapor centenário
Por Max Rocha - Especial UP
O Governador de Minas, Romeu Zema participou na tarde de quinta-feira (17/09), em Pirapora, da solenidade de lançamento do projeto de expansão fabril da empresa Ligas de Alumínio S.A (Liasa). No total, serão investidos R$ 360 milhões, com financiamento do Banco do Nordeste, no empreendimento metalúrgico, que prevê a geração de 650 empregos diretos.
Fotos: Pedro Gontijo e Gil Leonardi/Imprensa MG, Ivan Rodrigues, João Paulo e Cláudio Duarte
Ele destacou a importância dos investimentos da Liasa no processo de reativação econômica do estado: “Sabemos dos impactos causados pela pandemia. Além da perda de vidas, a crise que custou muitos empregos. A prioridade também é reativarmos a economia. Cumprimento os diretores da empresa pela fé em Minas Gerais e no futuro”, afirmou.
Constituída há mais de 50 anos, a Liasa atualmente opera 4 fornos elétricos de redução, capacidade total instalada de 133,5 MVA e produção de 72 mil toneladas/ano de silício metálico. Primeira empresa instalada no Distrito industrial piraporense, a Liasa quer ampliar sua produção e dar novo novo impulso às exportações.
Zema também reforçou o compromisso de criar um bom ambiente de negócios em Minas, "simplificando, desburocratizando e removendo obstáculos para quem quer investir, criar empregos e gerar riqueza". Além do governador, secretários de estado e industriais, a agenda oficial em Pirapora foi acompanhada por deputados, prefeitos, vereadores e lideranças da região.
A situação de um símbolo da cidade
Zema ainda visitou o Vapor Benjamim Guimarães, importante patrimônio histórico e atrativo turístico do município e do Vale do Rio São Francisco. A embarcação será reformada e restaurada (com recursos do Governo federal/Ministério do Turismo) para voltar a funcionar e retomar o fluxo turístico na cidade e região.
Exemplar único - em sua categoria - no mundo, o Benjamim Guimarães tem sua história vinculada ao auge da navegação comercial no Rio São Francisco, na segunda metade do século 20. O velho Vapor se tornou uma referência marcante na paisagem do rio e na memória cultural coletiva de Pirapora e do Norte de Minas.
Construída em 1913, a embarcação é tombada pelo patrimônio estadual desde 1985. Por recomendação da Capitania dos Portos (Marinha) teve suas atividades interditadas em 2015, devido às suas precárias condições estruturais, de segurança e navegabilidade, que se agravaram nos últimos anos, ancorado no porto.
Impacto econômico em cheio
Antes de serem interrompidos, os passeios turísticos semanais a bordo do Benjamim Guimarães em Pirapora (com capacidade para 120 passageiros) movimentavam mais de R$ 105 mil na economia local, aquecendo o comércio, a rede hoteleira, restaurantes e vários outros serviços. Uma perda anual superior a R$ 5 milhões por ano e total estagnação do turismo piraporense.
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