‘PiraporArtes’ trouxe o melhor do teatro musical para Pirapora

Festival comemorou o sucesso da sua 2ª edição, popularizando a cultura de grandes espetáculos artísticos na cidade

Por Max Rocha

Fotos: Rafael Santos e João Paulo Sousa

O Festival ‘PiraporArtes no Circuito do Sol’ foi a atração do Centro de Convenções de Pirapora, em 9 e 10/12, sexta-feira e sábado. Na programação, peças teatrais, exposições de figurinos e oficinas temáticas (canto, dança e interpretação) com entrada franca para o público. O evento foi apresentado pelo Ministério do Turismo, LIASA e pela Lei de incentivo à cultura, tendo o apoio da Prefeitura de Pirapora e da Empresa Municipal de Turismo/EMUTUR.

No palco, os espetáculos musicais “Godspel da Broadway”; a obra-prima “A Ópera do Malandro” (de Chico Buarque) e o clássico “O Mágico de Oz” (de Lian Frank Baum). Todas as atrações foram inclusivas, contando com as intérpretes de libras da empresa Efatá, referência em Pirapora e região. A produção geral do festival foi da empresa Tear projetos especiais, do Diretor Wesley Júnior Figueiredo, homenageado pela sua equipe.

No salão ‘mega star’, o público visitou e interagiu com os figurinos e adereços da exposição alusiva ao famoso musical ‘Rádio nacional’ - marco da ‘era de ouro’ radiofônica, das grandes cantoras, chanchadas e produções artísticas que marcaram época. O salão ‘big star’, no andar superior do Centro de convenções, pela 1ª vez recebeu ampla estrutura de cenário, sonorização e iluminação especial para uma grande produção teatral e musical, como destacaram o Prefeito Alex César e a Vice-prefeita Anamaria Burle.

Fé, infância, beleza e crítica social

Na noite de sexta, a plateia se encantou com as mensagens de fé e reflexão, as parábolas, canções e a modernidade do espetáculo ‘Godspell da Broadway’. Cada personagem, seus dramas pessoais e caminhos para compreender a filosofia do “bem viver”, proposta no Evangelho de Mateus. No sábado à tarde, as famílias e a criançada assistiram ao musical “O Mágico de Oz”, a história da garotinha Dorothy perdida no Mundo encantado de Oz, que ganha a amizade do Espantalho, Homem de Lata e do Leão.

A noite seguinte, mundialmente celebrada (no cinema) pelos embalos dançantes de sábado à noite, ganhou a beleza, a inspiração e a crítica social da “Ópera do Malandro”, o aclamado espetáculo musical de Chico Buarque. Uma crítica à ‘sociedade da malandragem’ nos tempos dos cabarés (prostituição), do jogo ilegal, contrabando e dos amores proibidos no Rio de Janeiro, durante a 2ª Guerra mundial. Casa cheia e salvas de palmas calorosas do público e convidados.

O ‘Gran finale“ do festival surpreendeu a plateia com “O Grande Baile” em homenagem à icônica Emilinha Borba (interpretada pela Atriz Stella Maria Rodrigues), uma das cantoras mais populares do Brasil no século XX, ‘Rainha do rádio’ e líder de audiência nos anos 50. Clima de carnaval, baile de salão e marchinhas no ritmo da Banda Sassaricando, para alegria geral dos espectadores e foliões da “velha guarda”. “Calorosamente emocionante”, resumiu a talentosa Atriz Helga Nemetick.

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